Docentes apontam ‘aumento irreal’ para justificar recusa da proposta do Governo


Com a decisão, 56 das 59 universidades federais do país continuam em greve.

Por Amanda Dantas Alagoas 24 horas
Após recusar proposta do governo federal, docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) explicam que a decisão de continuar em greve se deve ao fato do que a categoria considera “irreal” o aumento proposto pelo governo federal. Segundo os grevistas, os 45% anunciados pelo governo têm restrições e atinge somente um pequeno grupo de professores.
Com mais de 1400 docentes, apenas quatro educadores da Universidade Federal de Alagoas, por exemplo, seriam contemplados com a proposta apresentada. Isto por que o aumento seria efetivado somente no ano de 2015, para professores titulares e depois da apresentação de uma tese que aborde assunto inédito. As teses ainda terão que passar pelo crivo de uma Comissão de Avaliação formada, em sua maioria, por docentes de estados diferentes aos de onde o docente ministra suas aulas.
O Governo federal se defende dizendo que até 2015, pelo menos 20% dos professores das universidades de todo o país serão titulares. Os professores alegam que os 45% significariam um aumento real de apenas 5% se o valor for calculado em consonância com a inflação; e que as demais categorias (as não inclusas na referida proposta) teriam em seus salários uma defasagem de 12 a 15 p.p. na mesma comparação. Por fim, os docentes pedem, além da reestruturação da carreira, a almejada data base.
A categoria considera que o anúncio da proposta do Governo não passa de uma ‘manobra’ e que tem por trás a realização da Copa do Mundo e por esta razão o reajuste salarial estaria previsto somente para o ano subsequente ao da realização dos jogos mundiais.
Com a decisão, 56, das 59 universidades federais do país, continuam em greve.

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