EM ALAGOAS. Com açudes vazios e plantações devastadas, moradores percorrem quilômetros para conseguir água
Por gazetaweb
“É chocante. Sofre o animal pela necessidade e o dono por não ter condições de salvá-lo”, disse a produtora rural Maria Aparecida ao refletir sobre a morte de uma vaca em sua propriedade no povoado Malhadinha, no município de Senador Rui Palmeira, Sertão de Alagoas. Durante todo o ano de 2012, ela vem assistindo, atônita, o açude secar, a palma murchar, o chão rachar e o animal morrer. A carcaça (na foto) no chão de terra batida, pedregoso, de vegetação seca, revela que a situação chegou ao extremo. “Está tão grave que não podemos nem vender os bichos. Só se compra animal gordo e gordo com esse estado ninguém está encontrando mais”, emendou.
Maria Aparecida não sofre sozinha. Animais dos vizinhos também não resistiram. “Se não tiverem compaixão da gente, vai continuar morrendo muito mais”, alerta. Ela diz que a salvação da comunidade tem sido um pequeno poço artesiano localizado a cerca de seis quilômetros dali, no povoado Alto do Mororó.
Pelo caminho sinuoso na estrada de barro, o vaqueiro segue em cima do carro de boi. Ele vem de lá, do Alto do Mororó. Os bois carregam a água para matar a sede dos animais. Uma peleja diária do agricultor João Caetano Filho. “Se não fosse esse poço, não sei o que seria da gente. Não temos outro socorro, não. Só esse mesmo”, diz o vaqueiro. Aos 61 anos, nascido e criado no Sertão, João conta que nunca viu uma seca tão forte. “O alimento do rebanho já está acabando. Não sei mais o que fazer. Nunca vi uma dessa”, lamenta.
O poço fica em uma propriedade particular. Diante da escassez de água, o dono deixa os portões abertos para quem quiser buscar água. “Vem muita gente de todo canto. É preciso chegar cedinho para garantir um lugar na fila. Eu venho de manhã, meio-dia e à tardezinha e ainda levo para aguar umas plantinhas”, conta o produtor rural Nivaldo Viana. O técnico da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Vanderlan Pereira, diz que a qualidade da água não é muito boa. “É meio salobra, mas não tem outro jeito. Tem que dar assim mesmo”, ressalta.
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“É chocante. Sofre o animal pela necessidade e o dono por não ter condições de salvá-lo”, disse a produtora rural Maria Aparecida ao refletir sobre a morte de uma vaca em sua propriedade no povoado Malhadinha, no município de Senador Rui Palmeira, Sertão de Alagoas. Durante todo o ano de 2012, ela vem assistindo, atônita, o açude secar, a palma murchar, o chão rachar e o animal morrer. A carcaça (na foto) no chão de terra batida, pedregoso, de vegetação seca, revela que a situação chegou ao extremo. “Está tão grave que não podemos nem vender os bichos. Só se compra animal gordo e gordo com esse estado ninguém está encontrando mais”, emendou.
Maria Aparecida não sofre sozinha. Animais dos vizinhos também não resistiram. “Se não tiverem compaixão da gente, vai continuar morrendo muito mais”, alerta. Ela diz que a salvação da comunidade tem sido um pequeno poço artesiano localizado a cerca de seis quilômetros dali, no povoado Alto do Mororó.
Pelo caminho sinuoso na estrada de barro, o vaqueiro segue em cima do carro de boi. Ele vem de lá, do Alto do Mororó. Os bois carregam a água para matar a sede dos animais. Uma peleja diária do agricultor João Caetano Filho. “Se não fosse esse poço, não sei o que seria da gente. Não temos outro socorro, não. Só esse mesmo”, diz o vaqueiro. Aos 61 anos, nascido e criado no Sertão, João conta que nunca viu uma seca tão forte. “O alimento do rebanho já está acabando. Não sei mais o que fazer. Nunca vi uma dessa”, lamenta.
O poço fica em uma propriedade particular. Diante da escassez de água, o dono deixa os portões abertos para quem quiser buscar água. “Vem muita gente de todo canto. É preciso chegar cedinho para garantir um lugar na fila. Eu venho de manhã, meio-dia e à tardezinha e ainda levo para aguar umas plantinhas”, conta o produtor rural Nivaldo Viana. O técnico da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Vanderlan Pereira, diz que a qualidade da água não é muito boa. “É meio salobra, mas não tem outro jeito. Tem que dar assim mesmo”, ressalta.
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